Números mostram eficácia da vacina e Prefeitura não fará testagem em massa

Na primeira quinzena de janeiro, com a nova onda de contágios da pandemia, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Centro Covid, no Jardim São Paulo, tiveram grande procura e filas em todos os plantões.

Um dos motivos da superlotação foi a oferta de testes rápidos para todos os que procuraram a rede pública de saúde. Naquela ocasião, com a alta de casos, a preocupação dos munícipes era justificável. Muitos buscaram atendimento porque haviam tido contato com algum paciente positivado, mesmo sem ter sintomas da doença. Resultado: só nos primeiros 15 dias do ano, foram realizados 5229 testes antígenos na cidade, número extremamente alto.

A grande procura por testes em todo o país, colocou as autoridades sanitárias em alerta e ocasionou outros problemas: a falta de exames antígenos e a elevação dos preços entre os fornecedores. Por outro lado, no período em que faltaram os testes, algo importante ficou claro para o Departamento Municipal de Saúde: somente foram ao Centro Covid e à UPA, mesmo sem oferta de testes, as pessoas que estavam com sintomas absolutamente claros da doença, além dos pacientes já acometidos por alguma comorbidade. Os profissionais atuantes no combate à pandemia, então, se dedicaram, exclusivamente, a estes doentes que tinham, de fato, algum risco diante do quadro de propagação da doença neste momento. A partir daí os atendimentos fluíram com absoluta eficiência e não houve filas.

NÚMEROS DAS INTERNAÇÕES
A vacinação, como já esclareceram a Organização Mundial de Saúde (OMS) e também as autoridades brasileiras, tem eficácia comprovada para que os imunizados não contraiam o vírus ou, em caso de contágio, não sofram consequências graves. De modo geral, percebe-se que o doente de Covid-19, na atual fase da pandemia, não costuma ter sintomas mais sérios do que os de uma gripe forte. Feito o isolamento e respeitadas as medidas sanitárias, é possível realizar o tratamento em casa, sem sobrecarga ao sistema de saúde.

Um estudo feito pela Prefeitura entre os moradores de São João que estão internados, mostra bem a realidade dos fatos. Até quinta-feira (20), 11 pessoas eram tratadas na Santa Casa Carolina Malheiros ou na Unimed: nove nas enfermarias e apenas duas nas UTI’s, com sintomas agravados da doença e necessitando de cuidados especiais. Entre os doentes estavam: uma pessoa de 58 anos, que não havia tomado nenhuma dose da vacina; quatro pessoas (entre 56 e 72 anos), que não completaram o ciclo de vacinação, o que representa 36% dos internados e mais seis pacientes (de 65, dois de 73, 90,91 e 92 anos), que tomaram três doses disponibilizadas pela rede pública, mas, por outras comorbidades e pela idade avançada (que se observa nos pacientes acima de 90 anos), deram entrada nos hospitais e representam 54% dos internados.

Os dados apontam, portanto, que as pessoas vacinadas que não estejam em idade avançada e nem sofram de outras comorbidades, tendem a estar mais protegidas e são minoria nos hospitais, quando se trata de internação. Além disso, entre os dias 15 e 21 de janeiro, São João registrou três óbitos por Covid-19: em todos os casos, os falecidos estavam com o ciclo vacinal incompleto.

MUDANÇA NA TESTAGEM
São João terminou 2021 entre as 10 cidades paulistas (com população acima de 50 mil habitantes) que mais aplicaram vacinas. Até esta sexta-feira (21), 82 mil pessoas já haviam tomado a primeira dose; 76 mil também tomaram a segunda e 33 mil já estavam imunizadas com a terceira.

Como precaução, a Prefeitura adquiriu, em pregão eletrônico, realizado nesta semana, mais três mil testes antígenos. Conseguiu, também, outros dois mil, através de doação do empresariado local. Estes exames, porém, não mais serão utilizados para testagem em massa, muitas vezes feita por pura e simples opção dos pacientes.

“A partir de agora, vamos direcionar os testes para os pacientes que apresentarem sintomas evidentes de Covid-19, comorbidades ou que não tenham se vacinado. Aqueles que se vacinaram corretamente e não têm comorbidades, serão acompanhados pelas nossas equipes de saúde, receberão atendimento médico e deverão fazer isolamento.

O Centro Covid só atenderá pacientes com sintomas graves. Aqueles que estiverem com uma corriqueira síndrome gripal, terão toda a atenção da rede pública, mas não passarão por testes antígenos e não precisam ir ao Centro Covid do Jardim São Paulo. Poderão procurar a UPA (em casos de urgência, de emergência ou de males súbitos) ou, ainda, as Unidades Básicas de Saúde”, afirmou a prefeita Teresinha.

FOTOS: Centro Covid vazio com prefeita em destaque

 

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